Conversei, novamente, com a mãe e mostrei a ela que havia problemas com a espacialidade, com a relação dela com o mundo. Isso afetava tudo. A mãe permitiu que começasse meu trabalho, ao meu modo.Montei um método que foi sendo acrescido e melhor elaborado, no decorrer do tratamento.
Trabalhamos com espaços grandes, no chão da sala, entre almofadas e colchonetes. Depois, fazíamos desenhos utilizando cores e ocupando mais espaço. Do grande espaço, passamos para o médio espaço até chegarmos na folha do caderno de desenho. Posteriormente, entrei com exercicios de dicção e a auto-confiança dela aumentou. Paralelamente, ministrei novamente a ela, em particular, as aulas que tinha na escola, dramatizando a História do Brasil,seu maior problema. Fomos à Hípica visitar os cavalos, para que ela conhecesse um membro dessa espécie.
Foi um ano inteiro de trabalho árduo e de amplitude. Ela passou de ano na escola e foi transferida, pela família, a uma outra escola, com menos alunos e com professores mais atentos. Era outra garota: mais firme, mais segura de si, até maior em estatura.
Aqui vai um exemplo de professor Waldorf desenhando com os gizes coloridos, ocupando todo o espaço da lousa, que pode e deve ser reproduzido no papel. Na natureza não existem espaços em branco;no ser humano, também!
http://www.youtube.com/watch?v=c_1ifGIqu5g&feature=related
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