quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Timidez em excesso pode prejudicar seu filho; ajude-o a se soltar

Timidez em excesso pode prejudicar seu filho; ajude-o a se soltar


Fonte: Gabriela Horta do UOL, em São Paulo

Incentive a criança tímida a dar sua opinião sobre situações do dia a dia
Incentive a criança tímida a dar sua opinião sobre situações do dia a dia
"Ele é tão quietinho, não dá trabalho nenhum!". Se você já ouviu seu filho ser elogiado assim muitas vezes, por outros pais e pelos professores, é bom saber que tranquilidade, obediência, quietude e disciplina podem ser sinais de timidez. A característica é, de uma forma geral, inofensiva, mas, em excesso, pode se tornar prejudicial para o desenvolvimento da criança.
“Nem todos precisam ser extrovertidos. Há pessoas quietas muito felizes, que se dão bem profissionalmente e nas relações pessoais”, diz a psicóloga Maria Luiza Marinho, professora do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da UEL (Universidade Estadual de Londrina). "O problema é quando a timidez interfere na vida da pessoa e a impede de fazer coisas por medo de ser reprovada", diz a especialista. Quando isso acontece, ações rotineiras como cumprimentar alguém, pedir ajuda diante de uma dificuldade ou apresentar um trabalho na escola podem se tornar um pesadelo.

Como ajudar os tímidos

Leve em conta as particularidades de uma criança;

Respeite-a do jeito que ela é;

Faça com que as superações sejam gradativas e naturais. Não force situações;

Melhore a autoestima da criança mostrando que a opinião dela é importante, que você acredita nela;

Incentive-a a falar, deixe que ela conte o que sente e pensa. Escute de verdade;
Evite comentários na frente dela do tipo "é muito retraída", "não adianta falar com ela, não vai lhe responder";
Mostre que ter iniciativa é algo muito bom;

Tenha paciência. O processo é gradativo. Não espere mudanças drásticas do dia para a noite.
Timidez tem a ver com a autoestima. "O tímido espera a aprovação do outro em qualquer coisa que faça. Não gosta de dar explicação e prefere não falar, mesmo que esteja certo", afirma Edilene Modesto, pedagoga do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar da PUC-SP e mestre em psicologia da educação. "Por nunca ter a possibilidade de se expressar, a criança tímida perde muito, principalmente, porque começa a desenvolver um complexo de inferioridade."

As causas na infância

Mas o que leva uma criança a ser tímida? Segundo Marisa de Abreu, psicóloga clínica, há três fatores principais: genética, personalidade e ambiente, que é o mais forte deles. "A genética é a característica passada pelos familiares de forma biológica. A personalidade é o ‘jeitão’ que a pessoa tem, ou seja, é daquela maneira porque é e pronto. Já os fatores ambientais se referem às oportunidades que a criança teve de aprendizado para ser mais ou menos espontânea", afirma.

É em relação a esse último fator que os pais, sem perceber, podem estar levando o filho a se fechar. Uma criança que não recebe apoio para se expressar ou que sempre é reprimida e ensinada a ficar quieta, não é incentivada a conquistar amigos. Se a criança leva bronca cada vez que pretende contar coisas sobre si ou sobre o seu dia –pois consideram que ela está atrapalhando–, ela pode se tornar tímida. "Ela vai pensar que, quanto mais quietinha ficar e não responder aos pais, mesmo se sentindo muito incomodada, mais eles gostarão dela", diz Marisa.

Sugestões de bons livros para crianças

 
Foto 25 de 25 - "Corda Bamba", de Lygia Bojunga Nunes, mostra como a menina Maria lida com a perda do pai e da mãe. Editora Casa Lygia Bolunga Mais Divulgação
Para a especialista, punições também formam um tímido. Criança que é punida porque brincou na hora errada e não recebeu a devida explicação nem o acolhimento, quando se mostrou arrependida, também corre o risco de se fechar. "Ela perceberá que, para ter alguma aprovação, deve ser a mais passiva possível."

Prejuízos

A maior perda de uma criança excessivamente tímida é quando ela deixa passar oportunidades de realizar trocas tanto com outras crianças quanto com adultos e, assim, tem o seu aprendizado limitado em relacionamentos interpessoais.
"Essa criança brincará menos e treinará menos sua resistência à frustração. Não se arriscará a falar e a fazer coisas que terão consequências importantíssimas para a sua percepção do que é adequado, de como as outras pessoas reagem ao que ela faz e de como deve alinhar suas investidas para obter o que deseja", afirma a psicóloga Marisa. Edilene concorda. “A timidez impede que ela possa avançar, porque não consegue expor o que pensa, o que sente.”

Situações para driblar a timidez no dia a dia

  • Frequentar a de amigos ajudam a criança tímida a socializar

- Para fazer a criança excessivamente tímida ter mais segurança, deixe que ela convide amigos para frequentarem a sua casa e permita que ele visite a deles. Nessas oportunidades, mostre que ela sempre pode bolar brincadeiras e sugerir atividades, mas também ensine que nem sempre será atendida –o que é natural, pois faz parte da vida;
- Quando vocês saírem, incentive seu filho a cumprimentar as pessoas que encontrarem;
- Encoraje-o a fazer suas próprias solicitações e escolhas e evite que ele faça uso de outra pessoa para isso. No restaurante, por exemplo, deixe que ele faça o pedido de toda a família ao garçom. Se tiver dificuldade no começo, ajude a criança e, aos poucos, deixe que ela conduza. No fim da refeição, permita que pague a conta;
- Organize um show de calouros em família, com um caraoquê, por exemplo. Se a criança topar, convide-a para ser a apresentadora;
  • Valorize a opinião do seu filho e o incentive a fazer escolhas
- Demonstre interesse por suas atividades e histórias do dia a dia da criança. Elogie-a quando se mostrar adequadamente espontânea;
- Cuidado com a superproteção, excluindo seu filho de brincadeiras e atividades que ele, naturalmente, teme por envolver outras pessoas. Estimule-o a participar. Se ele pedir a sua presença, diga que ficará até que se sinta mais à vontade;
- Não deboche da criança quando uma tentativa de exposição for mal-sucedida, como no teatro da escola. Isso só piora a situação. Mesmo quando algo dê errado, elogie o esforço e incentive o aprimoramento;
- Elogie o esforço em vez de a inteligência. O atributo é logo percebido como algo que alguém tem ou não, mas o força de vontade depende de cada um. Fazendo isso, os pais incentivam que a criança tente e não se incomode com as consequências, pois, a cada resultado ruim, há um aprendizado do que não fazer da próxima vez.
*Colaborou Fernanda Alteff

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Habilidade intelectual aliada a um deficit de inteligência - Sindrome de Savant

http://www.youtube.com/watch?v=jAo-Jv5vpo8

Síndrome de Savant
Segundo a Wikipédia, a Síndrome de Savant é considerada um distúrbio psíquico com o qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência. As habilidades savants são sempre ligadas a uma memória extraordinária, porém com pouca compreensão do que está sendo descrito.[1]

 

Caracterização

Encontrada em mais ou menos uma em cada 10 pessoas com autismo e em, aproximadamente, uma em cada 2 mil com danos cerebrais ou retardamento mental, a síndrome de savant é citada na literatura científica desde 1789, quando Benjamim Rush, o pai da psiquiatria americana, descreveu a incrível habilidade de calcular de Thomas Fuller, que de matemática sabia pouco mais do que contar. Em 1887, no entanto, John Langdon Down, mais conhecido por ter identificado a síndrome de Down, descreveu 10 pessoas com a síndrome de savant, com as quais manteve contato ao longo de 30 anos – como superintendente do Earlswood Asylum (Londres). Langdon usou o termo idiot savant (sábio idiota), para identificar a síndrome, aceito na época em que um idiota era alguém com QI inferior a 25.[1]
Atualmente, graças aos cerca de cem casos descritos na literatura científica, sabe-se muito mais sobre esse conjunto de habilidades - condição rara caracterizada pela existência de grande talento ou habilidade, contrastando fortemente com limitações que, geralmente, ocorrem em pessoas com QIs entre 40 e 70 – embora possa ser encontrado em outras com QIs de até 114.[1]
Há ainda muito a ser esclarecido sobre a síndrome de savant. Os avanços das técnicas de imageamento cerebral, entretanto, vêm permitindo uma visão mais detalhada da condição, embora nenhuma teoria possa descrever exatamente como e por que ocorre a genialidade no savant.[1]
Mais de um século, desde a descrição original de Down, especialistas vêm acumulando experimentos. Estudos realizados por Bernard Rimland, do Autism Research Institute (Instituto de Pesquisa do Autismo), em San Diego, Califórnia, vêm corroborar a tese de que algum dano no hemisfério esquerdo do cérebro faz com que o direito compense a perda. Rimland possui o maior banco de dados sobre autistas do mundo, com informações sobre 34 mil indivíduos. Ele observa que as habilidades savants presentes em pessoas autistas são mais freqüentemente associadas às funções do hemisfério direito (incluem música, arte, matemática, formas de cálculos, entre outras aptidões), e as habilidades mais deficientes são as relacionadas com as funções do hemisfério esquerdo (incluem linguagem e a especialização da fala).[1]
A síndrome de savant afeta o sexo masculino com frequência quatro a seis vezes maior e pode ser congênita ou adquirida após uma doença (como a encefalite) ou algum dano cerebral.

Ilhas de Genialidade

Abaixo uma relação de algumas pessoas com a Síndrome de Savant.
  • Leslie Lemke – Aos 14 anos tocou, com perfeição, o Concerto nº 1 para piano de Tchaikovsky, depois de ouvi-lo pela primeira vez enquanto escutava um filme de televisão. Lemke jamais tinha tido aula de piano, é cego, mentalmente incapacitado e tem paralisia cerebral.[1]
  • Richard Wawro (Escócia) é reconhecido internacionalmente por seus trabalhos artísticos. Um professor de arte (Londres), quando Wawro era ainda criança, descreveu-o como incrível fenômeno, com a precisão de um mecânico e a visão de um poeta. Wawro é autista.[1]
  • Kim Peek memorizou mais de 12.000 livros. Descreveu os números de rodovias que vão para qualquer cidade, vilarejo ou condado dos EUA, códigos DDD, CEPs, estações de TV e as redes telefônicas que os servem. Identificava o dia da semana de uma determinada data em segundos. Era mentalmente incapacitado e dependia de seu pai para suas necessidades básicas. Peek serviu de inspiração para o personagem Raymond Babbit, que Dustin Hoffman representou em 1988 no filme Rain man. Faleceu, aos 58 anos, no dia 19/12/2009 de infarto nos EUA.[1]
  • Alonzo Clemons pode criar réplicas de cera perfeitas de qualquer animal, não importa quão brevemente o veja. Suas estátuas de bronze são vendidas por uma galeria em Aspen, Colorado, e lhe deram reputação nacional. Clemons é mentalmente incapacitado.[1]
  • Daniel Tammet tem a capacidade de dizer os "primeiros" 22.514 dígitos de PI e aprender línguas rapidamente (fala 11 línguas).

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Médico pediatra fala sobre cuidados com a criança

Médico pediatra fala sobre cuidados com a criança

Em nossos atendimentos em domicílio, pudemos identificar esta questão, trazida aqui,neste vídeo, com tanta sabedoria e profissionalismo, sobre o abandono de crianças pelos pais. Muitas vezes, para fazer a anamnese, precisamos do auxílio da babá para saber quando o bebê disse a primeira palavra, quando teve seu primeiro dentinho. Assistam e comentem, para que outros bebês sejam tão bem cuidados como os seus!


http://www.youtube.com/watch?v=w1CvvDWkd_0
http://webfilhos.com.br Dr. José Martins Filho, em Crianças terceirizadas

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

RAPUNZEL - peça teatral do 1º ano da Escola Waldorf Aitiara






Peça representada pelo 1º ano do ensino fundamental (crianças de 7 anos) na Escola Waldorf Aitiara, em Botucatu-SP, classe da professora Doralice Moreira. Esta pequena peça foi sendo ensaiada durante a parte rítmica da aula, realizada diariamente, para harmonizar a classe antes de começar os trabalhos.