quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Timidez em excesso pode prejudicar seu filho; ajude-o a se soltar

Timidez em excesso pode prejudicar seu filho; ajude-o a se soltar


Fonte: Gabriela Horta do UOL, em São Paulo

Incentive a criança tímida a dar sua opinião sobre situações do dia a dia
Incentive a criança tímida a dar sua opinião sobre situações do dia a dia
"Ele é tão quietinho, não dá trabalho nenhum!". Se você já ouviu seu filho ser elogiado assim muitas vezes, por outros pais e pelos professores, é bom saber que tranquilidade, obediência, quietude e disciplina podem ser sinais de timidez. A característica é, de uma forma geral, inofensiva, mas, em excesso, pode se tornar prejudicial para o desenvolvimento da criança.
“Nem todos precisam ser extrovertidos. Há pessoas quietas muito felizes, que se dão bem profissionalmente e nas relações pessoais”, diz a psicóloga Maria Luiza Marinho, professora do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da UEL (Universidade Estadual de Londrina). "O problema é quando a timidez interfere na vida da pessoa e a impede de fazer coisas por medo de ser reprovada", diz a especialista. Quando isso acontece, ações rotineiras como cumprimentar alguém, pedir ajuda diante de uma dificuldade ou apresentar um trabalho na escola podem se tornar um pesadelo.

Como ajudar os tímidos

Leve em conta as particularidades de uma criança;

Respeite-a do jeito que ela é;

Faça com que as superações sejam gradativas e naturais. Não force situações;

Melhore a autoestima da criança mostrando que a opinião dela é importante, que você acredita nela;

Incentive-a a falar, deixe que ela conte o que sente e pensa. Escute de verdade;
Evite comentários na frente dela do tipo "é muito retraída", "não adianta falar com ela, não vai lhe responder";
Mostre que ter iniciativa é algo muito bom;

Tenha paciência. O processo é gradativo. Não espere mudanças drásticas do dia para a noite.
Timidez tem a ver com a autoestima. "O tímido espera a aprovação do outro em qualquer coisa que faça. Não gosta de dar explicação e prefere não falar, mesmo que esteja certo", afirma Edilene Modesto, pedagoga do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar da PUC-SP e mestre em psicologia da educação. "Por nunca ter a possibilidade de se expressar, a criança tímida perde muito, principalmente, porque começa a desenvolver um complexo de inferioridade."

As causas na infância

Mas o que leva uma criança a ser tímida? Segundo Marisa de Abreu, psicóloga clínica, há três fatores principais: genética, personalidade e ambiente, que é o mais forte deles. "A genética é a característica passada pelos familiares de forma biológica. A personalidade é o ‘jeitão’ que a pessoa tem, ou seja, é daquela maneira porque é e pronto. Já os fatores ambientais se referem às oportunidades que a criança teve de aprendizado para ser mais ou menos espontânea", afirma.

É em relação a esse último fator que os pais, sem perceber, podem estar levando o filho a se fechar. Uma criança que não recebe apoio para se expressar ou que sempre é reprimida e ensinada a ficar quieta, não é incentivada a conquistar amigos. Se a criança leva bronca cada vez que pretende contar coisas sobre si ou sobre o seu dia –pois consideram que ela está atrapalhando–, ela pode se tornar tímida. "Ela vai pensar que, quanto mais quietinha ficar e não responder aos pais, mesmo se sentindo muito incomodada, mais eles gostarão dela", diz Marisa.

Sugestões de bons livros para crianças

 
Foto 25 de 25 - "Corda Bamba", de Lygia Bojunga Nunes, mostra como a menina Maria lida com a perda do pai e da mãe. Editora Casa Lygia Bolunga Mais Divulgação
Para a especialista, punições também formam um tímido. Criança que é punida porque brincou na hora errada e não recebeu a devida explicação nem o acolhimento, quando se mostrou arrependida, também corre o risco de se fechar. "Ela perceberá que, para ter alguma aprovação, deve ser a mais passiva possível."

Prejuízos

A maior perda de uma criança excessivamente tímida é quando ela deixa passar oportunidades de realizar trocas tanto com outras crianças quanto com adultos e, assim, tem o seu aprendizado limitado em relacionamentos interpessoais.
"Essa criança brincará menos e treinará menos sua resistência à frustração. Não se arriscará a falar e a fazer coisas que terão consequências importantíssimas para a sua percepção do que é adequado, de como as outras pessoas reagem ao que ela faz e de como deve alinhar suas investidas para obter o que deseja", afirma a psicóloga Marisa. Edilene concorda. “A timidez impede que ela possa avançar, porque não consegue expor o que pensa, o que sente.”

Situações para driblar a timidez no dia a dia

  • Frequentar a de amigos ajudam a criança tímida a socializar

- Para fazer a criança excessivamente tímida ter mais segurança, deixe que ela convide amigos para frequentarem a sua casa e permita que ele visite a deles. Nessas oportunidades, mostre que ela sempre pode bolar brincadeiras e sugerir atividades, mas também ensine que nem sempre será atendida –o que é natural, pois faz parte da vida;
- Quando vocês saírem, incentive seu filho a cumprimentar as pessoas que encontrarem;
- Encoraje-o a fazer suas próprias solicitações e escolhas e evite que ele faça uso de outra pessoa para isso. No restaurante, por exemplo, deixe que ele faça o pedido de toda a família ao garçom. Se tiver dificuldade no começo, ajude a criança e, aos poucos, deixe que ela conduza. No fim da refeição, permita que pague a conta;
- Organize um show de calouros em família, com um caraoquê, por exemplo. Se a criança topar, convide-a para ser a apresentadora;
  • Valorize a opinião do seu filho e o incentive a fazer escolhas
- Demonstre interesse por suas atividades e histórias do dia a dia da criança. Elogie-a quando se mostrar adequadamente espontânea;
- Cuidado com a superproteção, excluindo seu filho de brincadeiras e atividades que ele, naturalmente, teme por envolver outras pessoas. Estimule-o a participar. Se ele pedir a sua presença, diga que ficará até que se sinta mais à vontade;
- Não deboche da criança quando uma tentativa de exposição for mal-sucedida, como no teatro da escola. Isso só piora a situação. Mesmo quando algo dê errado, elogie o esforço e incentive o aprimoramento;
- Elogie o esforço em vez de a inteligência. O atributo é logo percebido como algo que alguém tem ou não, mas o força de vontade depende de cada um. Fazendo isso, os pais incentivam que a criança tente e não se incomode com as consequências, pois, a cada resultado ruim, há um aprendizado do que não fazer da próxima vez.
*Colaborou Fernanda Alteff

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Habilidade intelectual aliada a um deficit de inteligência - Sindrome de Savant

http://www.youtube.com/watch?v=jAo-Jv5vpo8

Síndrome de Savant
Segundo a Wikipédia, a Síndrome de Savant é considerada um distúrbio psíquico com o qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência. As habilidades savants são sempre ligadas a uma memória extraordinária, porém com pouca compreensão do que está sendo descrito.[1]

 

Caracterização

Encontrada em mais ou menos uma em cada 10 pessoas com autismo e em, aproximadamente, uma em cada 2 mil com danos cerebrais ou retardamento mental, a síndrome de savant é citada na literatura científica desde 1789, quando Benjamim Rush, o pai da psiquiatria americana, descreveu a incrível habilidade de calcular de Thomas Fuller, que de matemática sabia pouco mais do que contar. Em 1887, no entanto, John Langdon Down, mais conhecido por ter identificado a síndrome de Down, descreveu 10 pessoas com a síndrome de savant, com as quais manteve contato ao longo de 30 anos – como superintendente do Earlswood Asylum (Londres). Langdon usou o termo idiot savant (sábio idiota), para identificar a síndrome, aceito na época em que um idiota era alguém com QI inferior a 25.[1]
Atualmente, graças aos cerca de cem casos descritos na literatura científica, sabe-se muito mais sobre esse conjunto de habilidades - condição rara caracterizada pela existência de grande talento ou habilidade, contrastando fortemente com limitações que, geralmente, ocorrem em pessoas com QIs entre 40 e 70 – embora possa ser encontrado em outras com QIs de até 114.[1]
Há ainda muito a ser esclarecido sobre a síndrome de savant. Os avanços das técnicas de imageamento cerebral, entretanto, vêm permitindo uma visão mais detalhada da condição, embora nenhuma teoria possa descrever exatamente como e por que ocorre a genialidade no savant.[1]
Mais de um século, desde a descrição original de Down, especialistas vêm acumulando experimentos. Estudos realizados por Bernard Rimland, do Autism Research Institute (Instituto de Pesquisa do Autismo), em San Diego, Califórnia, vêm corroborar a tese de que algum dano no hemisfério esquerdo do cérebro faz com que o direito compense a perda. Rimland possui o maior banco de dados sobre autistas do mundo, com informações sobre 34 mil indivíduos. Ele observa que as habilidades savants presentes em pessoas autistas são mais freqüentemente associadas às funções do hemisfério direito (incluem música, arte, matemática, formas de cálculos, entre outras aptidões), e as habilidades mais deficientes são as relacionadas com as funções do hemisfério esquerdo (incluem linguagem e a especialização da fala).[1]
A síndrome de savant afeta o sexo masculino com frequência quatro a seis vezes maior e pode ser congênita ou adquirida após uma doença (como a encefalite) ou algum dano cerebral.

Ilhas de Genialidade

Abaixo uma relação de algumas pessoas com a Síndrome de Savant.
  • Leslie Lemke – Aos 14 anos tocou, com perfeição, o Concerto nº 1 para piano de Tchaikovsky, depois de ouvi-lo pela primeira vez enquanto escutava um filme de televisão. Lemke jamais tinha tido aula de piano, é cego, mentalmente incapacitado e tem paralisia cerebral.[1]
  • Richard Wawro (Escócia) é reconhecido internacionalmente por seus trabalhos artísticos. Um professor de arte (Londres), quando Wawro era ainda criança, descreveu-o como incrível fenômeno, com a precisão de um mecânico e a visão de um poeta. Wawro é autista.[1]
  • Kim Peek memorizou mais de 12.000 livros. Descreveu os números de rodovias que vão para qualquer cidade, vilarejo ou condado dos EUA, códigos DDD, CEPs, estações de TV e as redes telefônicas que os servem. Identificava o dia da semana de uma determinada data em segundos. Era mentalmente incapacitado e dependia de seu pai para suas necessidades básicas. Peek serviu de inspiração para o personagem Raymond Babbit, que Dustin Hoffman representou em 1988 no filme Rain man. Faleceu, aos 58 anos, no dia 19/12/2009 de infarto nos EUA.[1]
  • Alonzo Clemons pode criar réplicas de cera perfeitas de qualquer animal, não importa quão brevemente o veja. Suas estátuas de bronze são vendidas por uma galeria em Aspen, Colorado, e lhe deram reputação nacional. Clemons é mentalmente incapacitado.[1]
  • Daniel Tammet tem a capacidade de dizer os "primeiros" 22.514 dígitos de PI e aprender línguas rapidamente (fala 11 línguas).

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Médico pediatra fala sobre cuidados com a criança

Médico pediatra fala sobre cuidados com a criança

Em nossos atendimentos em domicílio, pudemos identificar esta questão, trazida aqui,neste vídeo, com tanta sabedoria e profissionalismo, sobre o abandono de crianças pelos pais. Muitas vezes, para fazer a anamnese, precisamos do auxílio da babá para saber quando o bebê disse a primeira palavra, quando teve seu primeiro dentinho. Assistam e comentem, para que outros bebês sejam tão bem cuidados como os seus!


http://www.youtube.com/watch?v=w1CvvDWkd_0
http://webfilhos.com.br Dr. José Martins Filho, em Crianças terceirizadas

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

RAPUNZEL - peça teatral do 1º ano da Escola Waldorf Aitiara






Peça representada pelo 1º ano do ensino fundamental (crianças de 7 anos) na Escola Waldorf Aitiara, em Botucatu-SP, classe da professora Doralice Moreira. Esta pequena peça foi sendo ensaiada durante a parte rítmica da aula, realizada diariamente, para harmonizar a classe antes de começar os trabalhos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mães não priorizam carinho e lazer na primeira infância


Mães não priorizam carinho e lazer na primeira infância
14 de setembro de 2012 | 8h 46
OCIMARA BALMANT, COM COLABORAÇÃO DE MARIANA LENHARO - Agência Estado

Para as mães de crianças menores de 3 anos, cuidar da saúde do filho é muito mais importante do que dar carinho, brincar ou conversar com ele. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Ibope que ouviu mais de 2 mil pessoas em 18 capitais brasileiras.Quando perguntadas sobre o que é importante para o desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos, 51% delas responderam que a principal contribuição é levar ao pediatra regularmente e dar as vacinas. O porcentual de quem acredita na importância de brincar, passear e conversar cai para 19% e fica menor ainda se forem considerados os que defendem a necessidade da socialização com outras crianças: 8%. "Isso mostra como a questão da saúde está bem resolvida - e é muito bom que esteja -, mas ainda precisamos avançar muito em relação aos fatores emocionais e comportamentais", diz Saul Cypel, neuropediatra e consultor da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV). "Os pais ainda desconhecem a importância de estabelecer os vínculos afetivos e, consequentemente, os danos que podem haver quando se ignora o potencial de aprendizagem da primeira infância."
 
A fundação apresentou a pesquisa em um simpósio internacional sobre a primeira infância que promoveu em São Paulo. Os números mostram o desconhecimento dos pais: grande parte dos entrevistados acha que sentar, falar e andar são sinais mais claros do desenvolvimento infantil do que a criança ser capaz de interagir ou estranhar pessoas distantes; mais de 50% dos entrevistados acreditam que o bebê só tem capacidade de aprender a partir dos 6 meses. "Precisamos de uma campanha que diga: ?nasceu, começou a aprender?. Sem isso, corremos o risco de perpetuar um cuidado instintivo que se preocupa com a sobrevivência, mas se esquece da dimensão ética, dos valores", diz Yves de La Taille, da Faculdade de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).Trabalho integrado. O caminho para essa conscientização passa pela criação de políticas públicas que unam as Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, diz Eduardo Marino, gerente de avaliação da fundação.Desde 2009, a fundação tem trabalhado com seis municípios na implementação de ações simples, porém eficazes. O trabalho abrange a criação de espaços lúdicos nos quais as crianças possam brincar e interagir com seus pais e cuidadores, encontros de reflexão interativa com a família e um pré-natal que inclua não só questões biológicas, mas também outros aspectos relevantes do desenvolvimento infantil e - muito importante a partir dos resultados desta pesquisa -, a ampliação do tempo da consulta pediátrica. "Já que 79% das mães recorrem ao pediatra nos momentos de dúvida, é importante que esses profissionais assumam um papel que vá além do diagnóstico físico. Com uma consulta estendida, ele pode orientar sobre a importância dos momentos de lazer, do afeto", resume Cypel. Por enquanto, os pais têm sido norteados por um censo comum que não difere escolaridade nem classe social: 55% das mães e gestantes acreditam que deixar as crianças assistirem a desenhos ou a programas infantis ajuda no desenvolvimento. "A gente propõe, nessa etapa, atividades em que a criança se movimente, interaja, brinque, faça atividades artísticas, ao ar livre. Isso tem um papel muito mais importante. Ainda que a TV seja uma possibilidade cotidiana, o uso tem de ser muito cauteloso no sentido do tempo gasto e do que é proposto", diz a diretora da Escola Santi, Adriana Cury.
O pai
A figura paterna deixa a desejar na criação dos filhos pequenos. Na parte qualitativa da pesquisa, realizada com mães e gestantes, o papel do pai é muito valorizado, tanto na gestação (94%) quanto na criação dos filhos (92%). Porém, na prática é muito diferente. Apenas 41% dessas mulheres afirmaram que os pais participam ou participaram ativamente da gestação e 51% das grávidas vão sozinhas às consultas. Somente 47% dos pais atuam efetivamente na criação dos filhos, nos cuidados, nas consultas ao pediatra e nas vacinas. Além disso, o tradicional papel de impor limites não é cumprido. Menos da metade (43%) assume essa responsabilidade.

"Se não é pelo instinto que move as mulheres, ao menos pela importância da questão ética os pais precisam participar", pondera Yves de La Taille, da Faculdade de Psicologia da USP. Mesmo sem a ajuda do marido e tendo de trabalhar (55% das entrevistas estão empregadas), a creche não é vista com bons olhos: 57% acham que a casa é o melhor lugar para a criança se desenvolver. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

História da vida real: Problemas de preencher espaços e o desenho no quadro negro estilo Waldorf

Há algum tempo, atendi uma menina que tinha dificuldades na escola. Depois de todos os procedimentos iniciais ( veja neste blog a Anamnese), pedi a ela que fizesse um desenho. Ofereci a ela giz de cera, lápis de cor, carvão e vários tipos e tamanhos de papel. Ela escolheu um lapis de cor rosa e desenhou uma flor no cantinho superior da folha escolhida, tamanho A4.
Eu perguntei a ela se o desenho estava pronto e ela disse que sim. Ao se levantar do chão para brincar, desequilibrou-se e caiu. Levantou-se e pediu-me desculpas, timidamente.
Conversei, novamente, com a mãe e mostrei a ela que havia problemas com a espacialidade, com a relação dela com o mundo. Isso afetava tudo. A mãe permitiu que começasse meu trabalho, ao meu modo.Montei um método que foi sendo acrescido e melhor elaborado, no decorrer do tratamento.
Trabalhamos com espaços grandes, no chão da sala, entre almofadas e colchonetes. Depois, fazíamos desenhos utilizando cores e ocupando mais espaço. Do grande espaço, passamos para o médio espaço até chegarmos na folha do caderno de desenho. Posteriormente, entrei com exercicios de dicção e a auto-confiança dela aumentou. Paralelamente, ministrei novamente a ela, em particular, as aulas que tinha na escola, dramatizando a História do Brasil,seu maior problema. Fomos à Hípica visitar os cavalos, para que ela conhecesse um membro dessa espécie.
Foi um ano inteiro de trabalho árduo e de amplitude. Ela passou de ano na escola e foi transferida, pela família, a uma outra escola, com menos alunos e com professores mais atentos.  Era outra garota: mais firme, mais segura de si, até maior em estatura.
Aqui vai um exemplo de professor Waldorf desenhando com os gizes coloridos, ocupando todo o espaço da lousa, que pode e deve ser reproduzido no papel. Na natureza não existem espaços em branco;no ser humano, também!
http://www.youtube.com/watch?v=c_1ifGIqu5g&feature=related

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Atendimento Psicopedagógico com ênfase na Pedagogia Waldorf – fases ideais


 Atendimento Psicopedagógico com ênfase na Pedagogia Waldorf – fases ideais

1)    Antes de iniciar o tratamento do aluno, marcamos entrevista com a pessoa responsável por ele.: pai, mãe, avó etc. Se possível, fazemos entrevistas individuais ( modelo abaixo) com cada um dos que rodeiam o mundo desse aluno, para captar todos os aspectos de vida, sob a óptica de cada um, reconstruindo sua biografia de forma mais completa. Muitas vezes, a babá ou empregada responsável pela casa também é entrevistada, pois os adultos passam o dia fora e convivem pouco com o aluno, sendo ela a melhor informante. Tivemos essa experiência, por diversas vezes: ao perguntar à mãe sobre alimento preferido, quando nasceram os dentes e ela pedir que a babá entrasse e respondesse essas questões.

2)   Depois de todas as entrevistas, passo a escrever a biografia do aluno, em outro documento, anotando quem me deu tal informação. Assim, consigo ter uma visão geral e particular sobre o ritmo de vida daquela família, do passado e do presente do aluno, obtida por diversas fontes de informação.

3)   Procuro a escola, na figura da orientadora pedagógica ou professora de classe, tentando esclarecer as queixas levadas ao atendimento.

4)   Só então chego ao aluno, em meu consultório, em atendimento individual. Normalmente, dispenso o acompanhante ou se a pessoa assim desejar, poderá ficar lendo na sala. Meu local é aconchegante e familiar, com ambientes para as atividades auxiliares ao atendimento psicopedagógico com diversos tipos de artes: musica ( piano, flauta), pintura aguada, argila, escultura em madeira, em pedra etc. o que for mais adequado para o fortalecimento da vontade e o desenvolvimento do sentir, do agir e do pensar do aluno. Inicio com trabalho pontual na dificuldade escolar, como se fosse uma nova aula daquela matéria, dando reforço escolar. Assim que a confiança se estabelece, amplio atendimento, buscando aplicar todas as técnicas da Pedagogia Waldorf que se faça necessário.

5)   Marcamos, no período da noite ou finais de semana, horário para o aconselhamento e apoio dos pais e responsáveis e, muitas vezes, eles pedem e nós fazemos as atividades que os filhos estão desenvolvendo conosco. Quando os pais participam, eles próprios amadurecem mais e seus filhos ficam mais estimulados a participarem do tratamento.

6)   No próprio consultório, fora do horário de atendimento, há grupo de estudo antroposófico, formado por pais e interessados, em que fazemos leituras das obras de Rudolf Steiner, Emil Bock e Rittelmeyer. No entanto, há pedidos que, no final, façamos sempre uma aguada, uma escultura. Assim, o desenvolvimento do aluno se faz concomitantemente com seus pais, harmonizando melhor o núcleo familiar.

7)   Mesmo quando alcançamos o resultado esperado, às vezes, trabalhamos por anos, continuamos a atender aquele aluno até que ele queira nos deixar, por vontade própria, pois sua vontade e ritmo já estão estabelecidos.

8)    A recompensa vem nas histórias que tenho contado no blog e mostram que há sempre uma chance, mesmo para quem nunca frequentou uma escola Waldorf – o ideal da educação e evolução humanas.

 

ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA

 

O termo que usamos para o paciente é ALUNO

essa entrevista completa os dados do aluno e , também, dá uma visãoo sobre ele, na óptica do entrevistado. Fazer entrevista com o maior número de pessoas que estão no convivio do aluno: pai, mãe, avó ou responsável  Deixar espaço para que o entrevistado fique à vontade para falar.

 

I- Início

Nome do aluno:________________________idade:____ anos.

Adotado( ) S ( ) N.

Tem apelido? ( ) S ( ) N Qual? _________________________ Ele(a) gosta? ( ) S ( ) N Você sabe o motivo desse apelido?

________________________________________________Nascimento _____/_____/_____ Sexo ( ) M ( ) F Obs:______

Naturalidade: ____________Nacionalidade:______________

End._______________________________________________________________________________________Bairro:________ Cidade:______________________ CEP_____Estado:_______

Telefones/contato:__________________________________

Escola:___________________________________________ Ano escolar que cursa: _______________________________

End._________________________________________________Telefone:_________________________________________Nome do Contato e função:____________________________

 

II- Sobre quem está na entrevista (pai, mãe, avó ou responsável)

Nome:___________________________________________ Idade :__________Parentesco com o aluno:_______________

Estudou até que ano e onde?___________________________

Teve dificuldades na escola? ( ) S ( ) N  Quais?  ________________________________________________

Chegou a estudar até que ano escolar?____________________

Profissão:_________________________________________ ________________________________________________O aluno tem irmãos? ( nome e idade)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Como é seu esquema familiar diário, incluindo a vida do aluno? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Sobre a queixa na escola, o que acha?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

III-Sobre a biografia do aluno:

1)  Ele foi desejado(a) ( ) sim ( )não

a)   Mãe: você queria, realmente, engravidar? ( ) sim ( )não

Motivos:

________________________________________________________________________________________________

2)  Como foi a gestação? (cuidados pré-natais, doenças, sintomas, alimentação)

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3)  Como foi o parto? (sofrimento fetal, má oxigenação, lesões)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4)  Sobre a amamentação (assimilação/acomodação, carga afetiva)

a)   Mamou no peito? ( ) sim ( )não

b)  Como foi a passagem do peito para a mamadeira?

____________________________________________________________________________________________________

c)   E para a papinha?

__________________________________________

5)  Atualmente, como se alimenta?

a)Tem hora para comer? (  )sim (  )não

b)Quantas vezes por dia?____________

c)Come depressa? ( )sim ( )não

d)Mastiga bem? ( )sim ( )não

e)A família faz refeições em conjunto? ( )sim ( )não

f)Quantas refeições são feitas em família?______

g)O aluno come vendo TV, video-game etc ( )sim ( )não

Observação:_____________________________________________________________________________________

5- Com que idade parou de usar fraldas? ________________________________________________

6- Como foi a passagem para o troninho (segurava? molhava a roupa? brincava e saia correndo era repreendido?chorava?) _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7- Como eram as fezes ? ________________________________________________

 

8- Como são as fezes, atualmente?

______________________________________________________________________________________________

9- Engatinhou? ( )sim ( )não Com que idade?________________

Observação sobre o engatinhar ( tipo, durabilidade, firmeza etc)

____________________________________________________________________________________________________ 10 –Quando andou?____________________________________

      Observação sobre o andar:(quedas, desenvolvimento, exploração do espaço, subidas e decidas, segurança, pessoa acompanhante etc)

______________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________

11- Como evoluiu a coordenação dos movimentos finos( segurar um brinquedo, uma colher, rabiscos que fazia)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12-Movimento dos grandes músculos? (Chutar uma bola, correr)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

13 – Atualmente  é considerado estabanado(a) ? ( )sim ( )não

a)Pratica natação? ( )sim ( )não

        b)É agitado(a)? ( )sim ( )não

c)Anda de patins? ( )sim ( )não

d)Anda de bicicleta sem rodinha ? ( )sim ( )não

e)Anda a cavalo ? ( )sim ( )não

f)Sobe em árvores ? ( )sim ( )não

Observação:

______________________________________________________________________________________________

14- Com que idade começou a falar?__________________

a)Com quem falava mais ?___________________

b)Falava(m) para ele(a) repetir ? ( )sim ( )não

c)Quais foram as primeiras palavras ? ________________________________________________

15-Falava corretamente ou trocava letra? ________________________________________________      

 

16-Falava muito errado ? ( ) sim ( )não

17- Como se expressa atualmente?

a)Troca letras ? ( ) sim ( )não

b)Fala muito  ( ) sim ( )não

c)Fala  pouco ( ) sim ( )não

d)Fala com ansiedade( ) sim ( )não

e)Fala de uma forma que todos entendem ? ( ) sim ( )não

Dê exemplos de como ele fala

 

 

 

f)Consegue dar um recado ? ( ) sim ( )não

g)Faz uma compra sozinho(a)? ( ) sim ( )não

h)Como conta uma história  ? ( ) sim ( )não

i)Fica nervoso quando fala e não é imediatamente compreendido( ) sim ( )não

 exemplos:

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

j)Você entende o que ele(a) conta ? ( ) sim ( )não

k)Tem começo, meio e fim ? ( ) sim ( )não

18- Qual é a rotina para ir dormir?

a)Tem sono agitado? ( )sim ( )não

b)É sonâmbulo? ( )sim ( )não

c)Tem pesadelos? ( )sim ( )não

d)Dorme só ou acompanhado ( com quem?______________

____________________________________________           e)Quando acorda vai para a cama dos pais? ( )sim ( )não

f)Tem medo de dormir sozinho? ( )sim ( )não

g) Enurese noturna? ( )sim ( )não

 

IV-Aspectos clínicos do aluno:

a)Bronquite ? ( ) sim ( )não

b)Alergia? ( ) sim ( )não

c)Asma? ( ) sim ( )não

d)Viroses infantis? ( ) sim ( )não

e)Internações ? ( ) sim ( )não

f)Cirurgias ? ( ) sim ( )não

g) Vacinas ( ) sim  ( ) não quais?_______________________________________h)Outras doenças:

________________________________________________________________________________________i)Tratamentos realizados: _______________________________________________________________________________________________

j)Problemas de visão? ( )sim ( )não

k)Audição? ( ) sim ( )não

l)Outros problemas: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

V-Biografia junto à Família e atividades afins

Fatos marcantes ( positivos e negativos) dos pais e irmãos ( antes, durante e depois da entrada do aluno na família)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

19-Brinquedos pedagógicos ? ( ) sim ( )não

20-Jogos em grupo? ( ) sim ( )não

21- Livros ? ( ) sim ( )não

22-Brinquedos eletrônicos ? ( ) sim ( )não

23-De que atividades ele(a) participa:

música ? ( )sim ( )não

dança ? ( )sim ( )não

esporte ? ( )sim ( )não Observação_______________________________________________________________________________________

24- reações do aluno nas alterações familiares - nascimento de irmãos, mudanças, desemprego, separações, mortes etc ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________25- Como foi até agora a dinâmica da família?  Passado, Presente, problemas e patologias

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

26- O que você considera ser falta de educação e indisciplina por parte do aluno e como lida com isso? E qual é a reação do aluno? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

VI – Na escola e nas atividades lúdicas

27- Como é o ambiente de brincadeira no dia a dia? Quais brincadeiras?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

28-Como se relaciona com os colegas? Briga, chora, enfrenta, esconde-se etc. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

29 – O que o aluno mais gosta na escola? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________(

30 – Com que idade ele entrou na escola?_______

30 – Ele trocou de escola?___________________

31- processo de alfabetização:

________________________________________________________________________________________________________________________________

32- Frequentou creches ? ( )sim ( )não com que idade?____

Por que?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

33- Repetiu de ano ? ( )sim ( )não Por que? ?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

34-Houve problema com professor (es) ? ( )sim ( )não

Qual ? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________

35- Como é a atitude dele em sala de aula?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

36- Já fez reforço? escolar ( )sim ( )não Por que?  _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 37-O que você mais gosta nesse aluno?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

38- O que você não gosta nele?

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      VII – Sobre o ensino religioso

39-Quais são as crenças da família? Há habitualidade na prática religiosa? E quanto ao aluno? Ele participa, regularmente, da prática religiosa?

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Observações da psicopedagoga sobre a entrevista ( feita posteriormente):

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